Levantando poeira: Dust 514

Essa semana vou falar de um dos jogos que na parte técnica será um dos principais lançamentos de todos os tempos. Dust 514, produzido pela empresa islandesa CCP, aproveitará uma infra-estrutura sem precedentes para oferecer uma experiência de jogo autêntica a um público completamente novo.

Primeiro um pouco sobre a origem do Dust. Reconhecendo a necessidade de expandir seus negócios a outro público e tentando entrar no ramo dos consoles a CCP, criadora do jogo Eve Online, decidiu fazer um jogo diferente do Eve, mas que contem as caracteristicas que tornam o Eve tão especial, enriquecendo ambas experiências ao mesmo tempo. Com essa ideia em mente surgiu o Dust 514. Um First Person Shooter até o momento exclusivo para PS3 que existirá e coexistirá com o universo de Eve Online.

Exemplo: Essa beleza de nave de artilharia classe Moros...
Como essa integração vai funcionar: Os jogadores de Dust representarão mercenários de combate planetário. Digo combate planetário porque pelo menos o centro de comando tático é uma plataforma voadora, e desconheço até onde as coisas voarão no combate terrestre, apesar de saber que existirão veículos terrestres. Esses mercenários serão os responsáveis por tomar o controle de instalações construídas em planetas. Essa tomada de controle será importante em uma mecânica que já existe no Eve chamada de soberania. Essa mecânica atualmente é influenciada apenas por instalações orbitais e outras construções controláveis pelos jogadores de Eve. Com o combate terrestre os planetas passam a ser importantes nessa mecânica, que basicamente determina quem é o dono daquele sistema solar. O dono de um sistema solar consegue realizar tarefas naquele sistema que são impossíveis de outra forma, como por exemplo exploração das luas presentes no sistema, que é a forma passiva de arrecadação de recursos mais lucrativa do jogo, se é que não é a atividade econômica mais lucrativa do jogo. Então a seguinte relação existirá: Os jogadores de Eve darão a guerra e os recursos para os jogadores de Dust, e esses darão o controle político sobre os recursos brutos para os jogadores de Eve que os contrataram. Até onde sei isso é completamente sem precedente nos jogos.

Jogadores de ambos os jogos se conectarão ao mesmo cluster de servidores que já abriga o Eve Online atualmente. A organização social dos dois jogos se interconectará. As corporações do Eve Online, o equivalente as guildas nos MMORPGs medievais tradicionais, serão as mesmas que no Dust, e não existirá restrição na admição de jogadores de qualquer um dos jogos em qualquer corporação. E tanto o chat de voz como o chat por texto serão compartilhados por ambos os jogos. Ambas as comunidades na verdade serão apenas uma, em uma relação simbiótica. Outro fator que deve ser citado é que a moeda corrente em ambos os jogos será a mesma. Conhecida como ISK ela é a moeda padrão do Eve Online e será a forma de pagamento que os mercenários de Dust receberão. Outra forma de se conseguir recursos em Dust é trocando dólares de verdade por ISK, assim os jogadores de Dust ficarão menos dependentes dos jogadores de Eve, podendo se equipar independentemente do pagamento recebido por suas operações.

...pode fazer um grande estrago no campo de batalha desse soldado. Cada um em seu jogo e em sua experiência
Agora vou discutir alguns problemas operacionais que surgirão. Como por exemplo: como os jogadores de Dust se sairão recebendo ordens de jogadores de Eve, alguns com mais de oito anos de experiência no jogo. Os jogadores de Eve já estão se achando superiores, e se você analisar as escalas onde as coisas acontecem isso não é sem motivo. Enquanto Eve Online suporta combates com quase duas mil pessoas simultâneamente Dust dificilmente suportará mais que quarenta jogadores lutando no mesmo cenário de guerra. Sem os jogadores de Eve Dust se tornará uma série de missões de treinamento infinitas e sem importância. A importância dos jogadores de Dust para algumas facções de Eve é inegável, e isso deve manter o respeito entre ambas as bases de jogadores. Os jogadores de Dust conquistarão a independência econômica dos jogadores de Eve através da compra de ISK com dinheiro de verdade.

Nessa semana, com o lançamento da expansão Incarna o jogo Eve Online está passando por momentos turbulentos em sua comunidade, então isso pode determinar o futuro de ambos os jogos de alguma forma. Depois da instalação da expansão a comunidade se revoltou com os "Monocle-gates", que custam quase quatro meses de pagamentos mensais para se jogar. Apenas o tempo dirá como o pessoal da CCP vai tratar a situação mas até onde eu entendo eles tem a tendência de ouvir a comunidade.

O que eu estou vendo aqui é uma quebra de paradigma fortíssima. Empresas gigantescas nunca tentaram nada parecido com esse nível de integração entre plataformas diferentes, estilos de jogos diferentes e públicos diferentes. Se isso funcionará ainda está para ser visto, entretanto eu estou apostando minhas fichas no sucesso do Dust, por ser um fã de Eve Online por sua autenticidade e a liberdade que ele proporciona aos seus jogadores. Espero ver o Dust 514 pulverizar quem chamou ele de "Halo para PS3", e que ele não transforme Eve Online em pó.

Porque não gostei do Wii U

Para vocês jogadores que vivem sob uma pedra uma breve introdução. Na Terça-Feira, dia sete de Junho de 2011 a Nintendo anunciou o sucessor do Wii. O produto conhecido até aquele momento como Project Cafe agora se chama Wii U. O pouco que se sabe desse novo console é:

O controle é composto por dois direcionais analógicos, um de cada lado de uma tela sensível a múltiplos toques de seis polegadas. Do lado esquerdo temos um direcional digital, enquanto do lado esquerdo temos os típicos quatro botões X, Y, A e B. Na parte traseira temos quatro gatilhos, dois de cada lado. Na parte superior temos uma câmera digital. Ma parte inferior podemos ver diversos botões como o "Start" e "Home". Me consta também que o controle possuirá acelerômetros e osciloscópios da mesma forma que o controle do Wii possui hoje em dia.

Este será o controle do novo Wii U.

O console em si, já que a imagem acima é apenas o controle, utilizará uma mídia proprietária desconhecida até o momento. Ele terá acesso USB para unidades de memória externa e retrocompatível com os jogos do Wii, incluindo os controles e acessórios.

Primeiro tenho que dizer aqui que não sei dizer se o novo console da Nintendo fará sucesso ou não. Quando vi o Wii pela primeira vez gostei da idéia por traz de seu controle, mas nunca previ tamanho sucesso. Talvez isso se deva ao público insular com o qual me identifico e me comunico sobre jogos. Entretanto a forma como a biblioteca de jogos do Wii foi construída foi no mínimo decepcionante. Os jogos são no geral divertidos mas apenas isso. Tentando levantar a bandeira de jogos eletrônicos como uma forma de arte eu acredito que o console da Nintendo não ajudou tanto quanto poderia. Mas não quero entrar muito nessa discussão por hoje.

A Nintendo acredita que com esse novo controle ela será  capaz de atingir tanto o público "hardcore" quanto o público casual que já possui o Wii. Primeiro gostaria de expor a estratégia de mercado que a Nintendo está empregando na minha opinião. Com o declínio absurdo nas vendas de sua máquina de fazer dinheiro conhecida como Wii e o fracasso atual nas vendas do 3DS a Nintendo trouxe as grandes armas para a exposição. Sem falar que seria realmente difícil atrair um grupo conhecido de desenvolvedores third-party sem que eles conhecessem sobre o projeto e o impacto de sua divulgação frente ao público para o qual eles estão acostumados a trabalhar.

Falando sobre os third-parties. Imagine-se na situação deles. Supostamente a Nintendo tem um console que agradará ambos os públicos. Mas os jogos para cada um desses públicos são radicalmente diferentes. Sendo assim os desenvolvedores ficarão com a seguinte escolha nas mãos: Recorrer ao público hardcore fazendo um blockbuster para talvez obter sucesso ou fazer um jogo casual que venderá muito, já que a base de usuários casuais é muito maior que a de usuários hardcores. Acho que a escolhe desse ponto de vista é muito óbvia. Tanto que posso prever o quê acontecerá: Jogos ditos hardcore serão poucos, se é que existirão. Isso afastará o público hardcore da mesma forma que o Wii afastou. Mas nesse momento não fará mais diferença, porque os jogadores hardcore terão servido seu papel de "especialistas" falando que o Wii U é completamente diferente do primeiro Wii e que será maravilhoso para todo mundo, trazendo o melhor do mundo dos jogos para aquelas pessoas que não podem jogar tanto ou não se interessam tanto, fazendo com que a Nintendo venda milhões. Até o público hardcore perceber que suas expectativas não foram concretizadas a Nintendo já terá outro estouro de vendas para o público que realmente interessa ela. Sei que é um ponto de vista paranóico e pessimista, mas ainda não encontrei evidências de que as third-parties farão jogos que agradam realmente ao público hardcore.

Com aquele pedaço de minha mente fora do caminho vamos a outro ponto. Da mesma forma que quando a Sony anunciou o PS3 eles me passaram a mensagem "Nós somos bons o suficiente por causa do PS2, por isso você comprará o PS3 de qualquer forma." a mensagem que a Nintendo me passou foi "Nós acreditamos tanto que entendemos ambos os públicos que vocês tambem vão acreditar e comprar nossa visão." Falar que o Wii U vai unificar as comunidades de jogadores simplesmente por cumprir os requisitos técnicos atuais para ser considerado um console "hardcore", como por exemplo ter um controle com uma dezena de botões. Não é assim que as coisas funcionam cara Nintendo. Enquanto você não mostrar que é capaz de trazer a próxima geração em poder de fogo no hardware e os jogos mais queridos pelo público hardcore eu ainda estarei com os dois pés atrás com você. E antes de que me acusem por mais um segundo de que sou um fanático por gráficos, conhecidos também pelo termo em inglês "Graphics Whore", poder de fogo não trata apenas de gráficos mais bonitos, e sim de tornar o console capaz de calcular algoritmos mais realistas em todos os aspectos do jogo, permitindo a criação de experiências interativas que não eram viáveis antes devido a limitações de velocidade do hardware.

Talvez o quê realmente falte a Nintendo é uma franquia com um tema mais sério e sombrio, talvez um FPS, porque é exatamente isso que o público hardcore quer, mas necessariamente no gênero mas necessariamente no tema. Eu não disse que é o quê eu quero. Mas a Nintendo tem que procurar temas mais maduros e abandonar o estigma de "fazer brinquedos" que ela parece carregar com sua cultura de desenvolvimento. O público hardcore é adulto e deve ser tratado de tal forma durante longas horas.

O que eu realmente desejo ver é mudança, seja ela boa ou ruim. Sem tentar e experimentar as mudanças boas não podem ser reveladas. E para mim esse era o espírito do Wii quando foi lançado. Então essa evolução para mais do mesmo não é muito surpreendente, o que me deixa frustrado. Até hoje minhas limitações financeiras me impediram de ter um Wii, mas se as coisas seguirem esse rumo as limitações que me impedirão de comprar o Wii U serão outras.

E3 2011: Legado de um passado distante e seus resultados

A Eletronic Entertainment Expo, E3 para os íntimos, aconteceu essa semana. Com todo esse fervor ao falar de uma ou outra conferência eu cheguei a algumas conclusões que compartilharei aqui.



Mais um ano se passou... mais uma E3 se passou.

A forma de expor informação na E3 vem de uma época quando a popularidade dos jogos eletrônicos crescia e não existia Internet para transmitir informação de forma tão rápida. Hoje em dia o público geral pode assistir às conferências de cada personagem da guerra dos consoles ao vivo de suas casas. O tamanho da E3 vem de uma época onde informar pessoas era mais difícil, quando mídias eram menores, quando um jornalista não podia baixar de sua casa o jogo para testar e escrever sobre. A velocidade da E3 é de uma época onde publicações impressas dominavam a entrega de informação e tinham tempo para editar o conteúdo. Hoje quase tudo que é exibido "exclusivamente" para jornalistas é mostrado também ao usuário através de algum dos sites de maior porte na área de forma que uma revista em papel jamais conseguirá exibir.

E mesmo com todas essas desatualizações a E3 ainda é o maior evento de entretenimento eletrônico do mundo. Mesmo com as restrições, mesmo com a defasagem no tempo. E o motivo para manter o topo é a magia por volta da E3. A E3 é o tipo de coisa que só funciona porque pessoas acreditam que ela funciona. As pessoas que acompanham a E3 vêem o evento como o ápice de um manifesto do fato de ser um jogador. Mas a informação mostrada durante a E3 está cada vez mais acessível mesmo antes da E3. É muito difícil restringir tal informação hoje em dia, simplesmente porque uma vez que a informação está na rede é quase impossível contê-la. Antigamente quando algo sobre um grande lançamento era descoberto era simplesmente "entulhado" em uma sessão de fofocas das revistas, meio desacreditadas por serem fofocas. E tal descrédito era estimulado pelas próprias direções das revistas para evitar que entrassem nas listas negras por vazar informação que não deveriam. Hoje em dia boatos ganham força pelas massas que divulgam essa informação indiscriminadamente e pouco se importam com a veracidade. Desde que a informação pareça verossímil vale tudo.

A verdade é que a importância da E3 ainda existe, mas simplesmente porque ainda existe apoio de grandes empresas para veicular os principais anúncios para o ano. Falando dos anúncios, vou aproveitar a oportunidade para ver o quão certo eu estava sobre minhas previsões:

Microsoft

Gears of War 3 deve aparecer, mas não muito (Acertei, tivemos uma apresentação de 10 minutos de uma missão do modo cooperativo). Depois do beta mês passado não tem muito do que se falar (por isso não falaram nada do multiplayer). Eu aposto minhas fichas em uma grande seleção de jogos para Kinect (acertei em cheio, mais da metade do tempo da conferência foi sobre o Kinect) e Windows Phone 7(em compensação errei feio sobre o WP7, o que me faz pensar sobre o futuro que aguarda o WP7), que são áreas onde a Microsoft está tentando crescer. Não sei se os jogos para Kinect serão "hardcore" (e a maioria deles não foi mesmo, mas alguns jogos hardcore estão tentando utilizar o Kinect) , mas com certeza apareceram em mais peso que jogos para o Xbox "seco". Algum jogo no universo Halo também será anunciado, seja ele um remake do Halo: Combat Evolved ou um novo jogo na série similar ao Halo: Reach (Acertei em partes. O remake foi anunciado, alem de uma nova trilogia continuando a saga do nosso herói Master Chief). Juntando as especulações eu diria que a 343 Industries, estúdio responsável pela série Halo agora, fará um remake de Halo para Kinect (Alguns podem sonhar, não podem? :-)). Fora isso algum serviço adicional será anunciado para a Xbox Live!, o qual não faço idéia do quê possa ser, mas é tradição da Microsft na E3. Mas provavelmente envolverá recursos que nós brasileiros não poderemos utilizar de qualquer forma, então para mim é indiferente. (Acertei sobre os recursos novos mas não soube dizer quais, Bing! e YouTube no Xbox 360, e nada foi dito sobre a disponibilidade no Brasil por enquanto, mas deve acontecer simultaneamente aqui e em terras estrangeiras.)

Nintendo


Não estou muito esperançoso com o "Project Cafe". Se a Nintendo seguiu a hype do "Project Natal" então eu sou obrigado a dizer que "Cafe" é a bebida. O que pode esse nome pode dizer é que teremos algo que estimule ainda mais a atividade com o corpo (Nintendo Kinect 2.0?), algo que te deixe elétrico e interessado. (Errei. Apesar do Wii U ter algumas caracteristicas de consoles portáteis e detecção de movimento da mesma forma que o Wii, ele não estimula tanto assim atividades físicas, mas permite a você, dependendo doo jogo, jogar sem ter uma televisão disponível) Quanto a lista de jogos eu não poderia estar mais desinformado. Desculpe-me mas a Nintendo seguiu uma trilha que não pretendo acompanhar com muito interesse.

Sony
 

Não vou copiar o texto aqui porque aquilo foi mais uma explicação do meu ódio pela Sony que previsões de verdade. Entretanto vale dizer que a Sony me surpreendeu muito com o Playstation. Dust 514 será lançado exclusivamente para o PS3. Não vou discutir muito sobre o PSVita porque realmente não estou muito interessado, mas acredito que pelo o quê eu vi ele está melhor que o 3DS.

Então acho que é isso. Espero vocês na E3 do ano que vem!

Atualização (20/06/2011): AHA! Minha bola de cristal não quebrou! Foi divulgado hoje que o remake de Halo para Xbox 360 terá sim suporte ao Kinect. Fonte: Gamasutra

Aquecimento E3 2011

Vem chegando aquela época do ano em que nossos ávidos desejos e sonhos gamers vão sendo atiçados e nossas imaginações vão a patamares antes só vistos em obras de H.P. Lovecraft, ou seja, a E3 está chegando! Nós da Nuclear Core Studios, todo ano, nos organizamos de modo a acompanhar esse evento da melhor forma possível - afinal, acompanhar os lançamentos, ver a tendência do mercado e a receptividade do público é parte da árdua tarefa de desenvolver jogo. Ante isso, vamos organizar as idéias?

MICROSOFT

Palco da Conferência da Microsoft E3 2010 - via IGN

A casa de Bill Gates está agendada para subir aos palcos, abrindo provavelmente com algum vídeo épico de como o Kinect mudou o comportamento dos jogadores e as tendências do mercado (o que é, em parte, verdade). Vale lembrar que se a sua esperança é ver um XBOX 720 ser anunciado, a existência do Kinect, e seu curto tempo de vida no mercado, são mais do que motivos para desacreditar em um sucessor na corrida de hardwares. Estima-se que a Microsoft tenha gasto por volta de $500 milhões somente com o Kinect, portanto, como qualquer outra boa companhia, espera-se o retorno desse dinheiro, antes de sair falando em fazer alguma coisa nova.

Rafael: Não sei o que esperar sobre a conferência da M$, sinceramente. Estarei de olho na muito (mas muito mesmo) provável aparição de Gears Of War 3, Metal Gear Rising e do Kinect Star Wars, mas fora isso, sinceramente, acho que será mais do mesmo. Talvez um Alan Wake novo? Apesar das razões contra, pode ser que a M$ também dê pistas sobre um novo XBOX. O principal motivo, seria a aparição do Project Café, apesar de, sinceramente, acreditar que a Nintendo ainda não vai lançá-lo.

Daniel: Gears of War 3 deve aparecer, mas não muito. Depois do beta mês passado não tem muito do que se falar. Eu aposto minhas fichas em uma grande seleção de jogos para Kinect e Windows Phone 7, que são áreas onde a Microsoft está tentando crescer. Não sei se os jogos para Kinect serão "hardcore", mas com certeza apareceram em mais peso que jogos para o Xbox "seco". Algum jogo no universo Halo também será anunciado, seja ele um remake do Halo: Combat Evolved ou um novo jogo na série similar ao Halo: Reach. Juntando as especulações eu diria que a 343 Industries, estúdio responsável pela série Halo agora, fará um remake de Halo para Kinect. Fora isso algum serviço adicional será anuncioado para a Xbox Live!, o qual não faço idéia do quê possa ser, mas é tradição da Microsft na E3. Mas provavelmente envolverá recursos que nós brasileiros não poderemos utilizar de qualquer forma, então para mim é indiferente.

NINTENDO

Conferência da Nintendo na E3 2010 - via IGN

As maiores expectativas do mundo gamer estarão na conferência da Big N. O motivo: já ouviu falar do tal de Project Cafe? Certamente a Nintendo anunciará seu próximo hardware nessa conferência e, como de praxe, teremos uma pequena lista de jogos já em desenvolvimento ou prontos para lançamento em conjunto do game. O diferencial estará no potencial que o Cafe apresentará - a Big N sempre foi conhecida por inovar e diferenciar. A grande pergunta da vez será: quando o cafezinho será servido?

Rafael: Taí uma coisa que eu quero ver, o tal Project Cafe. Existe muita especulação em cima do potencial desse novo hardware, bem como da nova abordagem que a Nintendo promete levar - dar mais voz às Third Parties e menos dependência aos padrões Nintendo de comercializar. Isso beneficiaria os jogadores, mas fica difícil acreditar que a turma do Mario estaria disposta a abrir mão desse controle. Predição para a conferência: Zelda Skyward Sword será o título de lançamento do Cafe.

Daniel: Não estou muito esperançoso com o "Project Cafe". Se a Nintendo seguiu a hype do "Project Natal" então eu sou obrigado a dizer que "Cafe" é a bebida. O que pode esse nome pode dizer é que teremos algo que estimule ainda mais a atividade com o corpo (Nintendo Kinect 2.0?), algo que te deixe elétrico e interessado. Quanto a lista de jogos eu não poderia estar mais desinformado. Me desculpe mas a Nintendo seguiu uma trilha que não pretendo acompanhar com muito interesse.

SONY

Kevin Butler em sua aparição na E3 2010 - via Game Informer

Existem muitos impasses em relação a maior das três companhias presentes na mainstream: a Sony passou por momentos divergentes no ultimo ano, impasses judiciais com o hacker GeoHot e os recentes ataques à sua linha internacional de franchise interno (PSN, SOE, entre outros). O que resta saber é como a SONY, que virá forte com o Next Generation Portable, e muito provavelmente revelando seu verdadeiro nome de mercado, irá posicionar-se perante os gamers que não estão nada satisfeitos. Espera-se um Kevin Butler animado, como sempre, e talvez, um pedido de desculpas formal.

Rafael: Esse vai ser o elefante cor-de-rosa do momento: NGP. Por quê? PSN fail, minha gente: ainda não está 100% e muita gente está insatisfeita. O prejuízo da Sony beira os $170 milhões e a campanha de marketing do NGP está parada. Assim, você tem um troço de grande potencial nas mãos, mas que ninguém quer muito saber sobre. 
Seria divertido, isso sim, se a Sony anunciasse no meio da conferência a volta da PSN global e viesse um vídeo do GeoHot com o Butler.

Daniel: Quem me conhece sabe que tudo que espero para a pretenciosa da Sony é uma morte dolorosa. Não fico feliz com o ataque aos sites deles (sim, a PSN não foi o único sistema afetado. Até a redação deste comentário vários sites nacionais da Sony foram invadidos por agressores desconhecidos) porque quem perde de verdade são os usuários desses sistemas. Apesar de parte da pretenção da Sony vir de vocês (quem deu dinheiro pra eles durante a vida do PS1 e PS2 foram vocês!) não é culpa de vocês ou deles toda essa confusão de segurança. Mas voltando a E3: eles vão se desculpar pelo ataque novamente e tentar fazer uma versão "for dummies" da lista de mudanças que eles pretendem continuar fazendo. Quanto ao NGP acredito que ele terá que fazer um excelente trabalho para correr traz do 3DS, que já foi lançado a alguns meses e vai competir no mesmo nicho. Agora: Mister Kojima falou que depois da E3 teremos notícias relacionadas a continuação da série Metal Gear Solid, e ele aparentemente não falava do Metal Gear Solid: Rising. Se isso realmente acontecer ai eu terei um respeito renovado pelo PS3. Sim, sou fanboy de Metal Gear mas passei a odiar a Sony. Vai entender...

Considerando o alto hype em cima da próxima geração, especialmente com o provável anuncio do Project Cafe e da demonstração do Next Generation Portable, a E3 desse ano será uma amostra da tendência que os desenvolvedores devem seguir nos próximos anos. As idéias serão revitalizadas e, muito provavelmente, o mundo dos jogos passará por mudanças.

A E3 2011 acontecerá entre os dias 7 a 9 Junho, com as conferências antecipando-se em um dia, como de costume. O calendário da NCS está atualizado com as datas para quem quiser acompanhar. Fiquem de olho, pois há muito a ser debatido esse ano, e a Nuclear Core Studios estará se empenhando nisso.
 
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