Consoles são por regra o atestado de que um jogador é "hardcore". Dispositivos eletrônicos completamente dedicados a execução de jogos eletrônicos desde as interfaces de entrada e saída, como os controles dedicados e saída de áudio surround, até os elementos mais internos de sua arquitetura. Hoje vou falar um pouco dessas maquinas que são o sonho de consumo dos jogadores mais sérios e/ou interessados. A diferença é que ao invés de falar no tom tradicional eu vou explicar as motivações para se criar um console.
Origens
Os consoles surgiram ainda em uma época que computadores pessoais não existiam. E o primeiro console foi o mesmo que o primeiro jogo. Pong era executado em um computador simples construído especificamente para executar ele e nada mais. Antes disso existe a "lenda" de que ele era jogado utilizando uma série de protoboards e um osciloscópio era utilizado como tela. Quando o jogo foi lançado no formato arcade ele estava literalmente impresso nos circuitos do gabinete. Tudo que aquele computador poderia fazer é executar o Pong até que alguma de suas peças críticas deixasse de funcionar ou fosse desligado. Isso tudo ainda em 1972. Os primeiros computadores pessoais amplamente conhecidos foram surgir apenas em 1976-1977. A própria Atari lançou algum tempo depois o primeiro console que podia executar jogos carregados de uma mídia removível, os amados e famigerados cartuchos. Com o tempo os consoles foram evoluindo junto com a computação e a eletrônica em geral se tornando cada vez mais potentes. Não vou me debruçar sobre falar de consoles que marcaram a história porque a mídia especializada em jogos está cheia de artigos falando sobre isso.
Os consoles surgiram ainda em uma época que computadores pessoais não existiam. E o primeiro console foi o mesmo que o primeiro jogo. Pong era executado em um computador simples construído especificamente para executar ele e nada mais. Antes disso existe a "lenda" de que ele era jogado utilizando uma série de protoboards e um osciloscópio era utilizado como tela. Quando o jogo foi lançado no formato arcade ele estava literalmente impresso nos circuitos do gabinete. Tudo que aquele computador poderia fazer é executar o Pong até que alguma de suas peças críticas deixasse de funcionar ou fosse desligado. Isso tudo ainda em 1972. Os primeiros computadores pessoais amplamente conhecidos foram surgir apenas em 1976-1977. A própria Atari lançou algum tempo depois o primeiro console que podia executar jogos carregados de uma mídia removível, os amados e famigerados cartuchos. Com o tempo os consoles foram evoluindo junto com a computação e a eletrônica em geral se tornando cada vez mais potentes. Não vou me debruçar sobre falar de consoles que marcaram a história porque a mídia especializada em jogos está cheia de artigos falando sobre isso.
Quase todos projetos eletrônicos quando são testados no começo se parecem com isso. |
O motivo pelo qual consoles eram desenvolvidos antigamente era a inexistência de plataformas prontas capazes de realizar as operações matemáticas envolvidas nos jogos em tempo hábil. Jogos por regra envolvem operações complexas em matrizes, principalmente para exibir algo na tela. Coisa que os monitores e componentes eletrônicos da época não conseguiriam fazer. Até o advento das imagens digitais (monitores modernos e HDTVs) todos os consoles tinham sua saída gerada como uma onda eletromagnética, que era transmitida por um cabo até a televisão, que então usava essa onda para apontar um canhão de elétrons para a tela de fósforo e gerar a imagem. Com o tempo as plataformas pessoais passaram a ter suporte a uma série de operações que tornavam a criação de jogos para estar possível, surgindo os jogos para PC. Mas os jogos para console durante o advento da computação pessoal (meados da década de 1980) ganhavam cada vez mais força, principalmente nos arcades, onde maquinas criadas especificamente para cada jogo tornavam a experiência para o usuário mais rica que qualquer computador ou console doméstico da época jamais seria capaz de proporcionar.
No fim da década de 1980 os componentes eletrônicos ficaram mais baratos e proporcionaram experiências acessíveis e convincentes nos consoles domésticos. A criação dos consoles domésticos foi motivada pela tentativa de aumentar as vendas destes, já que ainda existia lucro na venda do console em si. E os consoles domésticos geraram uma das maiores crises que os jogos enfrentaram. Milhares de jogos de baixíssima qualidade entulhando o mercado para tentar roubar uma fatia dessa base de usuários com consoles em casa. Depois dessa crise o sistema de criação para consoles passou por uma reformulação, tentando evitar que produtos de baixa qualidade fossem homologados para os consoles em questão.
A cerca de vinte anos os jogos eletrônicos são representados em sua maior parte por consoles. Desde então os arcades praticamente desapareceram. A "morte" dos arcades é triste porem um efeito desejado pelas fabricantes de consoles, que vendendo apenas um produto, e sendo assim gastando apenas uma vez sua verba de desenvolvimento, consegue vender para milhões de pessoas tanto consoles quanto jogos. E os arcades estavam limitados a uma fração dessas vendas.
Contemporâneo
Contemporâneo
Atualmente chegamos a um momento nessa geração de consoles (Xbox 360 e PlayStation3. O Wii é um caso a parte já que tecnicamente ele não evoluiu muito se compararmos desempenho), que chega em todas as gerações, onde os computadores pessoais de propósito geral, ou seja, não dedicados a execução de jogos, são capazes de desempenhar melhor essa tarefa que consoles. Mas antes gostaria de por o seguinte ponto na mesa: Se um console e um computador forem comprados nas mesmas condições, por exemplo, no mercado cinza, e pelo mesmo preço, o console ainda executará jogos de forma melhor que o computador. Os consoles estão incapazes hoje em dia se comparados a computadores de preço muito superior, e na época de seus lançamentos mesmo computadores muito superiores eram incapazes de fazer o mesmo que os consoles.
Limitações Técnicas
No Xbox 360 tudo que você precisa fazer é remover o Disco Rígido antigo e encaixar o novo. |
Na computação existe uma regra não escrita que funciona dessa forma: Quanto mais genérica a máquina que você está construindo, pior ela vai ser em tarefas específicas. Nesse caso quando digo pior quero dizer mais lenta. Na época que o Xbox 360 foi lançado, por exemplo, computadores pessoais começavam a conhecer processadores com dois núcleos, enquanto qualquer Xbox 360 tem 3 núcleos de processamento. Se eu for falar dos nove núcleos que o PS3 tem as coisas perdem a graça, já que mesmo hoje em dia computadores pessoais não têm mais que oito núcleos de processamento. Esse é o grande motivo porque consoles não podem receber mais pentes de memória depois de prontos, ou porque uma GPU nova não pode ser colocada no lugar da antiga. Se esse tipo de operação fosse possível nos consoles atuais eles teriam que ser mais genéricos, o que diminuiria sua capacidade nativa de processamento, sem falar no gasto em desenvolvimento destes componentes novos. Um console é uma máquina construída sob medida para realizar uma tarefa específica: Executar jogos. Se você tirar ou colocar algo a mais você teria que mudar muita coisa no projeto para torná-lo possível, e essas mudanças geralmente o tornam inviável. Sem falar de criar toda a parte de verificação se um recurso está presente ou não deixa o processo de desenvolvimento mais lento tanto para os desenvolvedores de jogos quanto para os arquitetos do console. Basicamente eu poderia dar milhares de motivos técnicos porque consoles são inflexíveis, desde a estrutura e material de conectores até perda de desempenho. E afinal, ninguém quer ficar investindo em um console igual é necessário investir em um computador.
Para trocar o Disco Rígido de um PS3 você precisa de uma chave de fenda e saber o lugar certo para começar. |
Outro motivo, que eu considero secundário, para que os consoles não sejam flexíveis é a biblioteca de jogos. Jogos lançados no meio da vida de um console geralmente utilizam cada recurso do sistema que eles podem. Um console flexível dificultaria ou impossibilitaria esse processo, fazendo com que os jogos não fiquem tão bons quanto poderiam, sem falar de problemas com as melhorias posteriores, que podem tornar o jogo instável ou simplesmente incompatível. Isso é parte do motivo porque os consoles atualmente não tem retro-compatibilidade. Criar um processador compatível com todas as gerações anteriores o torna mais lento e mais caro. Os processadores de PC hoje em dia têm toda uma estrutura herdada desde os modelos 286 da década de 1980. Isso faz com que programas antigos com código nativo funcionem nos processadores novos, mas faz com que os processadores novos não sejam tão rápidos quanto eles poderiam ser sem toda essa parte de compatibilidade. E velocidade de processamento não é necessariamente clock de um processador, mas vou deixar essas explicações para outro dia.
Bom, por enquanto é isso que eu tenho para falar do assunto. E já me parece muita coisa. Caso você tenha alguma dúvida simplesmente pergunte nos comentários e farei meu melhor para responder da melhor forma, seja diretamente ou em uma publicação futura. Agora se preocupe menos com os consoles e mais em fazer jogos! Até semana que vem.
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