Muitos de vocês devem imaginar porque diabos eu escrevo esse monte interminável de sandices nesse singelo blog. Ou pior ainda: Vocês imaginam que qualificação eu tenho para muitas vezes criticar e atacar o comportamento de entidades amplamente conhecidas e bem sucedidas no mercado de jogos eletrônicos. Esse post tem o objetivo de esclarecer isso. Ou pelo menos fracassar miseravelmente tentando.
Inicialmente sou um jogador. De passar 3 meses jogando 12-16 horas por dia. Eram diversos jogos e eu os jogava muito, ou pelo menos todo tempo que eu podia. Hoje em dia especificamente, como as coisas estão apertadas e o mercado está deficiente de títulos dos quais eu gosto, estou jogando bem menos. Não quer dizer que gosto menos dos jogos ou de jogar. Apenas que estou jogando menos. E nos últimos cinco anos joguei muito mais que nos outros anos anteriores juntos, por questões logísticas complexas envolvendo disciplina escolar que não vem ao caso.
Em segundo lugar eu sou um desenvolvedor independente de games. Utilizando os conhecimentos adquiridos durante meu curso ainda não concluído em Ciências de Computação, e longas horas por conta própria, eu aprendi o suficiente para começar a tentar a programar meus próprios jogos. Depois de muitos projetos que morreram com algumas dezenas de linhas de código e nada mais (porque afinal de contas não só de código se faz um jogo) estou concluindo meu primeiro jogo com foco comercial. É uma versão melhorada, aprimorada e incrementada do jogo que participou do concurso Arena Info em 2009, conhecido carinhosamente e comercialmente pelo nome de BoxBall. Em cerca de dois meses no máximo saberei o quão bem sucedido ele será. E conto com vocês!
Boxballs, balls, balls, balls... balls of Steel! |
Colocando o discurso motivacional para beneficio próprio de lado, eu vos falo como um igual acima de tudo. Quem nunca quis fazer um jogo que não existe ainda? O que geralmente falta é conhecimento técnico ou tempo para construí-lo. Eu aproveitei uma oportunidade para tentar. E não pretendo parar agora. E desenvolver um game é um desafio intelectual e disciplinar de grande porte. Cheguei a ficar 14 horas por dia trabalhando no BoxBall na primeira semana do seu desenvolvimento. Mas a verdade é que a partir do momento em que você não depende disso para viver não existe motivo para fazê-lo alem de pura realização pessoal. Então apesar de minha inexperiência eu gosto de fazer meus jogos esporadicamente.
Então no fim das contas eu escrevo porque gosto, aproveitando as idéias loucas que vem a minha cabeça de alguma forma para divulgar parte do meu trabalho. E porque eu não sei desenhar. Se soubesse eu desenharia para representar minhas idéias. Mas eu aprendi a escrever, mesmo contra minha vontade (na época eu não tinha vontade própria, e fazer um drama sempre rende uma polêmica, não?) então vou tentar transmitir minhas idéias pela escrita. Principalmente pela escrita de código, que é tanto uma questão de inspiração quanto de conhecimento. Então se você quer fazer um jogo estude e se inspire! Se quer jogar aguente firme que teremos novidades logo. Ou não ;-).